Emergências e hegemonias




Os sistemas, discursos ou práticas em processo de emergência adoptam quase inexcusavelmente umha posiçom alternativa ou oposta a pares dominantes; é por isso que, com freqüência desde posiçons etnocentristas e/ou hegemónicas, se define o emergente a partir do novo, o imprevisível, o espontáneo ou o transformador. Tal e como aponta Wlad Godzich (Teoría literaria y crítica de la cultura, 1998), as entidades em processo de emergência cultural nom devem ser vistas como instaladas num nível “inferior” ou numha fase “menos madura” que os sistemas, discursos e práticas consolidados e estáveis; por contra, dificilmente poderiam ser concebidas segundos as categorias hegemónicas e convencionais (às que, por isso mesmo, desafiam) e exigem, com certeza, um pensamento crítico também distinto e renovado.

Do blogue Quantas letras para um rio.